Wednesday, January 25, 2006

A harmonia das cores


A harmonia das cores é uma realidade objectiva.
Harmonia significa equilíbrio, simetria de forças.
O estudo dos processos fisiológicos face às percepções das cores é esclarecedor.
Se fizermos a seguinte experiência: Olhar um quadrado verde, num local bem iluminado durante algum tempo, (cerca de 30 segundos) e em seguida fecharmos os olhos veremos com os olhos fechados um quadrado vermelho durante algum tempo.
Se nas mesmas condições olharmos um quadrado vermelho e em seguida fecharmos os olhos será um quadrado verde que veremos com os olhos fechados. Olhando qualquer cor a imagem residual é sempre a cor complementar que aparece depois de fechar os olhos. Chama-se a este fenómeno contraste sucessivo.
Os olhos exigem sempre e produzem a cor complementar. Os olhos procuram juntamente com o cérebro restabelecer o equilíbrio de cores.
Este equilíbrio de cores exigido pelos olhos e pelo cérebro é o fundamento da harmonia de cores.

Wednesday, January 18, 2006

Capelinha do Senhor da Pedra em Esmoriz - Óleo sobre tela


Uma cruz visível numa igreja distante, fazia sentir o peso da veleidade da vida e da morte na consciência.
A cruz, símbolo poderosíssimo das direcções cruciais da existência:
A vertical, direcção ascendente simbolizando a vida que nasce e cresce sempre para cima nas árvores, plantas comuns e nas pessoas, direcção instável, vida efémera e passageira;
A direcção horizontal da prostração, estável, da ausência perpétua da vida após a morte.
A cruz, junção da morte e da vida, cruzamento da verticalidade efémera mas riquíssima, com a horizontalidade estável mas inerte.
Qual o significado daqueles momentos aparentemente sem significado?

Castrália


À beira da estrada asfaltada, um portão em ferro forjado com peças recortadas a limitar espaços vazios, dá o nome daquela mansão – Castrália.
Casa de tectos altos e divisões sombrias onde a luz à entrada passando por vitral, faz incidir colorações estranhas, nos objectos e nas pessoas.
À volta de ambos os lados e na frente pequenos espaços ajardinados encontram-se semi-abandonados.
Quem seria a pessoa que mandou construir tal residência, que sugere um mausoléu dos tempos modernos?
Um grupo de jovens, rapazes e raparigas, numa tarde de Outono, deambularam naquelas divisões e nos espaços ajardinados. Ocuparam o tempo com deslocações desnecessárias, entrando e saindo, nos espaços exteriores e nas divisões interiores da Castrália.
Na sala de estar havia um piano antigo algo desafinado. Nada melhor que a música para encher um espaço vazio sem ocupar o espaço. Sons audíveis que encontram ou desencontram a harmonia, afectando os sentimentos, construindo imagens mentais situadas para lá da linguagem através de graves e agudos, de fortes e fracos, resultantes das cordas vibrantes por precursão em uníssono. Sons de tristeza da alegria inexistente, de uma casa sem sentido, de um tempo que passa, sem nada para uma juventude que muito esperava porque nada tinha além da sua juventude e que quando viesse a ter alguma coisa já teria perdido a juventude.
Ao fundo da sala havia uma janela. Em baixo, lá fora, campos e algumas árvores lá longe.
Qual o significado daqueles momentos aparentemente sem significado?

Tuesday, January 17, 2006

Realidades da universalidade humana






Uma pintura, uma música , uma escultura, um poema (Arte), a química, matemática, a física, a biologia (Ciência), Deus, a fé (Religião). São realidades da humanidade, vertentes da universalidade humana. A diversidade e a pluralidade constituem as faces da mesma moeda – a Universalidade Humana.
A especialização só faz sentido com as outras vertentes também elas especialidades da existência da humanidade, tal como o homem a mulher as crianças, os velhos são várias faces da espécie humana.